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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Menina de 14 anos entra em cava para salvar amigos e morre em São José dos Pinhais


Menina de 14 anos foi resgatada após ficar submersa (Foto: Flávia Barros – Banda B)

Menina de 14 anos foi resgatada após ficar submersa (Foto: Flávia Barros – Banda B)


Três adolescentes se afogaram por volta das 13h30 desta terça-feira (3) enquanto se banhavam nas cavas do Rio Iguaçu nas margens do Contorno Leste, em São José dos Pinhais. Uma menina de 14 anos ficou 20 minutos submersa e acabou morrendo.

Menina entrou na água para salvar amigos


A adolescente viu o afogamento de dois meninos, de 11 e 13 anos, e entrou na água para salvá-los, porém acabou submersa. Os outros garotos foram salvos por testemunhas e socorridos sem ferimentos mais graves. O irmão de uma das vítimas resgatada, de 13 anos, confessou  que o grupo foi nadar sem a autorização dos pais.
“Ontem nós tínhamos vindo aqui e hoje viemos de novo, quando acabou acontecendo isso. Meu irmão foi salvo e está bem, agora a menina morreu”, disse o garoto, bastante assustado, relatando que é morador no bairro Sítio Cercado.
Segundo o sargento Pereira, do Siate do Corpo de Bombeiros, os socorristas tentaram reanimar a vítima por 40 minutos, mas sem êxito. “Infelizmente ela não respondeu às massagens cardíacas. Ela era a mais velha do grupo e entrou para salvar os amigos, porém ficou muito tempo submersa, porque houve demora no acionamento do socorro”, relatou.
O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Curitiba (IML). Como a família ainda não foi avisada, a identidade da garota foi preservada.

Perigo de afogamento nas Cavas

As altas temperaturas registradas nesta época do ano reforçam a preocupação em relação às cavas existentes na cidade. A Defesa Civil alerta a população para que jamais entre nas águas. O perigo é maior nas cavas do que no mar porque o fundo das mesmas é totalmente irregular, podendo chegar a até dez metros de profundidade em alguns trechos. Também há buracos e muito lodo no fundo, o que torna o local uma armadilha para quem se aventura a pular nas águas.
O tenente do Corpo de Bombeiros e relações públicas da Operação Verão, Leonardo Mendes, faz um alerta: além das cavas serem inadequadas para o lazer, ainda não dispõem de socorro próximo. “Além do risco de mortes por afogamentos (estes locais têm muitos buracos) também há o risco de doenças que se pode adquirir nas cavas”, comenta o tenente.
Em Curitiba e Região há cerca de 55 km de cavas provenientes de rios. As cavas são provenientes da extração de areia e argila. “Eu acredito que esses locais deveriam ser fechados e ter vigilância permanente, para evitar tragédias”, comenta o tenente Mendes.
(Banda B)

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